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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Uso Indiscrimindado Dos Enxaguátorios Bucais

         
O uso de soluções anti-sépticas está cada vez mais comum entre os brasileiros que, na tentativa de manter dentes sadios e hálito fresco, fazem uso indiscriminado destes produtos. Esta semana estamos aqui para maiores esclarecimentos sobre esse assunto.


Primeiramente temos que entender o que é a placa bacteriana.  A placa bacteriana é uma massa densa, não calcificada, constituída por microrganismos envolvidos numa matriz rica em polissacarídeos extracelulares bacterianos e glicoproteínas salivares, firmemente aderida aos dentes, cálculos e outras superfícies da cavidade oral. Sabe-se que o ambiente bucal pode abrigar mais de 700 espécies de microrganismos (benéficos ou maléficos) capazes de colonizar locais da boca como o dorso da língua, a saliva, o sulco gengival e os dentes. Esses microorganismos, quando em desequilíbrio, podem causar a cárie e a doença periodontal (gengival). É aí que entram os enxaguatórios bucais, substâncias químicas usadas para diminuir a quantidade de bactérias presentes na boca.  Apesar dessa redução na quantidade dos “micróbios”, eles não são capazes de “descontaminar” a boca por completo.

 Todos os enxaguatórios bucais apresentam alguma atividade antimicrobiana, seja ela através do controle do pH da saliva, ou agindo diretamente como inibidor do crescimento de alguns microorganismos, como bactérias e leveduras. Porém, nenhum deles apresenta total eficiência se não estiver associado a uma boa higienização mecânica, que ainda constitui o método mais efetivo para o controle da placa bacteriana. Os bochechos não devem substituir a escova e o fio dental - que são absolutamente indispensáveis, uma vez q a placa fica firmemente aderida. O sabor refrescante e agradável pode mascarar o mau hálito, mas isso também não elimina o problema.

     
O uso indiscriminado desses produtos pode causar uma série de efeitos colaterais, como perda do paladar, manchamento de restaurações e da língua. Além disso, o álcool é muitas vezes utilizado nos enxaguatórios como solvente para outras substâncias e como conservante dos preparos, podendo ocasionar alguns efeitos adversos como sensação de queimação, descamação e/ou hiperqueratinização da mucosa oral.

 A indicação do uso desses produtos químicos deve ser feita pelo cirurgião-dentista e por tempo limitado. Normalmente são indicados após cirurgias, durante o tratamento de doenças na gengiva (periodontite, por exemplo), durante a presença de processos infecciosos existentes na boca, imunossuprimidos (pacientes HIV positivos sintomáticos e com doença periodontal; pacientes transplantados); em poli traumatizados que apresentam dificuldade temporária para realizar a higienização adequada e também em pacientes com problemas mentais.

      

Portanto, prevenção e orientação profissional ainda são a chave para se obter dentes brancos e fortes, além de um hálito puro e uma boca saudável. Lembre-se sempre: o enxaguatório bucal apenas complementa a higiene bucal e deve ser usado por indicação do dentista!

Sorriso Essencial - Sempre à disposição pra atender você!

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