O uso de soluções anti-sépticas está cada vez
mais comum entre os brasileiros que, na tentativa de manter dentes sadios e
hálito fresco, fazem uso indiscriminado destes produtos. Esta semana estamos
aqui para maiores esclarecimentos sobre esse assunto.
Primeiramente
temos que entender o que é a placa bacteriana.
A placa bacteriana é uma massa densa, não calcificada, constituída por
microrganismos envolvidos numa matriz rica em polissacarídeos extracelulares
bacterianos e glicoproteínas salivares, firmemente aderida aos dentes, cálculos
e outras superfícies da cavidade oral. Sabe-se que o ambiente bucal pode abrigar
mais de 700 espécies de microrganismos (benéficos ou maléficos) capazes de colonizar
locais da boca como o dorso da língua, a saliva, o sulco gengival e os dentes. Esses
microorganismos, quando em desequilíbrio, podem causar a cárie e a doença
periodontal (gengival). É aí que entram os enxaguatórios bucais, substâncias
químicas usadas para diminuir a quantidade de bactérias presentes na boca.
Apesar dessa redução na quantidade dos “micróbios”, eles não são capazes
de “descontaminar” a boca por completo.
Todos os enxaguatórios bucais apresentam
alguma atividade antimicrobiana, seja ela através do controle do pH da saliva,
ou agindo diretamente como inibidor do crescimento de alguns microorganismos, como
bactérias e leveduras. Porém, nenhum deles apresenta total eficiência se não
estiver associado a uma boa higienização mecânica, que ainda constitui o método
mais efetivo para o controle da placa bacteriana. Os bochechos não devem
substituir a escova e o fio dental - que são absolutamente indispensáveis, uma
vez q a placa fica firmemente aderida. O sabor refrescante e agradável pode
mascarar o mau hálito, mas isso também não elimina o problema.
O uso indiscriminado desses produtos pode
causar uma série de efeitos colaterais, como perda do paladar, manchamento de
restaurações e da língua. Além disso, o álcool é muitas vezes utilizado nos enxaguatórios
como solvente para outras substâncias e como conservante dos preparos, podendo
ocasionar alguns efeitos adversos como sensação de queimação, descamação e/ou
hiperqueratinização da mucosa oral.
A indicação
do uso desses produtos químicos deve ser feita pelo cirurgião-dentista e por
tempo limitado. Normalmente são indicados após cirurgias, durante o tratamento
de doenças na gengiva (periodontite, por exemplo), durante a presença de
processos infecciosos existentes na boca, imunossuprimidos (pacientes HIV
positivos sintomáticos e com doença periodontal; pacientes transplantados); em
poli traumatizados que apresentam dificuldade temporária para realizar a
higienização adequada e também em pacientes com problemas mentais.
Portanto,
prevenção e orientação profissional ainda são a chave para se obter dentes
brancos e fortes, além de um hálito puro e uma boca saudável. Lembre-se sempre:
o enxaguatório bucal apenas complementa a higiene bucal e deve ser usado por
indicação do dentista!
Sorriso Essencial - Sempre à disposição pra atender você!
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